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POR QUE JEJUAR?
POR QUE JEJUAR?

Na bíblia encontramos diversas passagens que relatam experiências em que as pessoas buscavam alcançar graças através de um período de Jejum e oração.


Naqueles dias eu, Daniel, estava pranteando por três semanas inteiras. Nenhuma coisa desejável come, nem carne nem vinho entraram na minha boca, nem me ungi com ungüento, até que se cumpriram as três semanas completas.” (Dn 10, 2-3)

As pessoas sempre interpretam jejum como a ausência total de qualquer tipo de Alimento. É isso sim, mas não é só isso. Você pode jejuar de diversas formas. Pode fazer um Jejum total, onde durante um dia inteiro se abstem de qualquer tipo de alimento ou um jejum parcial onde passa um período se abstendo de um determinado alimento . Sempre substituindo isso por orações e fé.

Quando nós somos movidos pela promessa de Deus e numa atitude que o agrada, começamos a transformar esta promessa em realidade no jejum e na oração; no momento em que nosso coração se humilha e busca a face do Senhor, nossas palavras são ouvidas no céu.

O tempo que se reserva ao Jejum deve ser destinado a buscar  a constante oração.

Na Bíblia encontramos a palavra do Senhor onde ele indica o jejum como um dos sinais característicos  de um cristão.

 

Dos Sermões de São Pedro Crisólogo, bispo 
(Sermo 43: PL 52, 320.322) 

O que a oração pede, o jejum o alcança
e a misericórdia o recebe 

Há três coisas, meus irmãos, três coisas que mantêm a fé, dão firmeza à devoção e perseverança à virtude. São elas a oração, o jejum e a misericórdia.O que a oração pede, o jejum alcança e a misericórdia recebe. Oração, misericórdia, jejum: três coisas que são uma só e se vivificam reciprocamente.

O jejum é a alma da oração e a misericórdia dá vida ao jejum. Ninguém queira separar estas três coisas, pois são inseparáveis. Quem pratica somente uma delas ou não pratica todas simultaneamente, é como se nada fizesse. Por conseguinte, quem ora também jejue; e quem jejua, pratique a misericórdia. Quem deseja ser atendido nas suas orações, atenda as súplicas de quem lhe pede; pois aquele que não fecha seus ouvidos às súplicas alheias, abre os ouvidos de Deus às suas próprias súplicas

Quem jejua, pense no sentido do jejum; seja sensível à fome dos outros quem deseja que Deus seja sensível à sua; seja misericordioso quem espera alcançar misericórdia; quem pede compaixão, também se compadeça; quem quer ser ajudado, ajude os outros. Muito mal suplica quem nega aos outros aquilo que pede para si

Homem, sê para ti mesmo a medida da misericórdia; deste modo alcançarás misericórdia como quiseres, quanto quiseres e com a rapidez que quiseres; basta que te compadeças dos outros com generosidade e presteza. 

Peçamos, portanto, destas três virtudes — oração, jejum, misericórdia — uma única força mediadora junto de Deus em nosso favor; sejam para nós uma única defesa, uma única oração sob três formas distintas. 

Reconquistemos pelo jejum o que perdemos por não saber apreciá-lo; imolemos nossas almas pelo jejum, pois nada melhor podemos oferecer a Deus, como ensina o Profeta: "Sacrifício agradável a Deus é um espírito penitente; Deus não despreza um coração arrependido e humilhado" (cf. Sl50, 19). 

Homem, oferece a Deus a tua alma, oferece a oblação do jejum, para que seja uma oferenda pura, um sacrifício santo, uma vítima viva que ao mesmo tempo permanece em ti e é oferecida a Deus. Quem não dá isto a Deus não tem desculpa, porque todos podem se oferecer a si mesmos

Mas, para que esta oferta seja aceita por Deus, a misericórdia deve acompanhá-la; o jejum só dá frutos se for regado pela misericórdia, pois a aridez da misericórdia faz secar o jejum. O que a chuva é para a terra, é a misericórdia para o jejum. Por mais que cultive o coração, purifique o corpo, extirpe os maus costumes e semeie as virtudes, o que jejua não colherá frutos se não abrir as torrentes da misericórdia. 

Tu que jejuas, não esqueças que fica em jejum o teu campo se jejua a tua misericórdia; pelo contrário, a liberalidade da tua misericórdia encherá de bens os teus celeiros. Portanto, ó homem, para que não venhas a perder por ter guardado para ti, distribui aos outros para que venhas a recolher; dá a ti mesmo, dando aos pobres, porque o que deixares de dar aos outros, também tu não o possuirás.

Como toda disciplina, o autodomínio na comida e na bebida acaba sendo também uma vitória sobre a cultura do consumo e do materialismo – que, aliás, não é de hoje, se já o salmista a detectava em seu tempo: «Não dura muito tempo o homem rico e poderoso; é semelhante ao gado gordo que se abate. Este é o fim do que espera estultamente, o fim daqueles que se alegram com sua sorte: são um rebanho recolhido ao cemitério, e a própria morte é o pastor que os apascenta; são empurrados e deslizam para o abismo» (Sl 49,13-15).

O verdadeiro jejum, porém, vai muito além… da comida e da bebida. Se «a lei e os profetas se resumem no amor a Deus e ao próximo» (Mt 22,40), para o jejum não é diferente. É o que assevera o próprio Deus, através do profeta Isaías: «O jejum que prefiro é este: acabar com as prisões injustas, libertar os oprimidos, romper com a escravidão, repartir o pão com o faminto, acolher os pobres e peregrinos, vestir os nus e não se fechar à própria gente. Se assim você fizer, a sua luz brilhará como a aurora, suas feridas sararão rapidamente, e quando você invocar o Senhor, ele o atenderá; você pedirá socorro e ele dirá: Eis-me aqui» (Is 58, 6-9).

Para acolher e viver o amor de Deus, o coração precisa estar limpo e livre. É esse o papel que Santo Agostinho atribui ao jejum: ''O vazio precisa ficar cheio. Você conseguirá se encher de bens se se esvaziar do mal. Suponha que Deus queira enchê-lo de mel. Se você estiver cheio de vinagre, onde ficará o mel? É preciso jogar fora o conteúdo do jarro e limpá-lo, ainda que com esforço, esfregando-o, para que possa servir a outro fim. Pode ser mel, ouro, vinho, tudo o que dissermos e quisermos, mas, no fundo, há sempre uma realidade indizível, que se chama Deus. Dizendo Deus, o que dissemos? Esta única sílaba é toda a nossa expectativa. Tudo o que conseguimos dizer, fica sempre aquém da realidade. Dilatemo-nos para Ele, e Ele, quando vier, encher-nos-á. Seremos semelhantes a Ele, porque O veremos como Ele é!

"Se o alimento sacia a fome do corpo; o jejum sacia a fome da alma."

FONTE:

https://formacao.cancaonova.com/igreja/catequese/por-que-jejuar/

https://padrepauloricardo.org/blog/o-jejum-e-a-oracao-que-dao-frutos

 

 

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